Era para ser cedo.
Tinha uma pressa remendada e de tecido rendado.
Embora tarde, o sol ainda pulsava entre os dedos
e arremessava um gosto de saudade e esperança.
Suas mãos se aproximavam e mereciam afeto.
Era tempo.
Um tempo de morte, de desfeitos e de nó.
Era um tempo de sorte, de amor vazado,
de vida perdendo bolor.
Naquela noite, entre cedo e tarde,
a vida tomou corpo e trouxe cheiro...
mesmo que flores em agonia,
mas de pétalas repousadas no ar.
Tempo de novos dias.