Enchi a casa de
poesia,
aterrei cenários e confrontos,
veiculei mensagens de paz
e anunciei alegria
ensolarada.
Nada de guardar
versos para mais tarde.
Nem jurar as mais
preciosas inverdades.
Dormi o sono dos
injustiçados
e daqueles que se
anunciam aos goles.
Acrescentei o
fermento da receita de bolo
e quis guardar a
palavra em plano secreto.
Invoquei o amor mais
sincero
E o amor que me
negasse a morte
( talvez seja minha maior canalhice).
Refutei os discursos
mais óbvios
ditos em covardia.
Quis a coberta
esticada na cama
e as louças
organizadas por tamanho
e importância.
Desejei a emoção do
outro
como o texto que
gostei do poeta da revista.
Não quis as memórias de corrente e
que me aproximam do
porão, do caos que ainda teimo dizer.
Senti náuseas ao adentrar lembranças e
adivinhei o que não
quis pensar.
Olhei o cheiro das
flores deixadas no primeiro poema e
o odor das palavras
que escorregaram e
se fizeram repousar.
Sacralizei o
improvável e profanei minhas ilusões.
Agora, não abortarei
o mundo que insisto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário