sábado, 23 de junho de 2018

Trouxe para dentro de mim afetos tão antigos e inovei minha velha forma de pensar.
Sou humana demais para não errar e bendita para dizer.
Tenho o vento trazido na cara e mantenho aquela flor seca no meio do livro.
Tenho intenções gigantescas e sonhos que nem sempre dobram a esquina.
Às vezes, teimo em deixar para lá e em outras considero todas as linhas.
Reservo tratados com a sorte e a vida e rabisco as melhores pretensões.
Sou dada a espelhos e lamento minha face não está em seus melhores dias.
Orgulho-me dos feitos e não negligencio as falhas que brotam sempre.
Gosto de mim nos sorrisos, mas tenho ambientes mofados.
Sou tantas partes. Sou tão pouco. Sou a poeta-mulher entre traços e destroços, vertentes sinalizadas e caminhos escuros.
Vulcão que insiste viver.
Simone Lacerda

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