Entre Perspectivas e Esperanças
Segundo o site Wikipédia, sociedade
pode ser caracterizada como um grupo de pessoas que compartilham propósitos e
costumes, dentre outros, constituindo uma comunidade. Logo, somos resultado de
uma construção e interação a fim de alcançarmos o bem-estar. Diante de tantos
anúncios de violência, corrupção e perversidades, temos que desenho social?
Acordamos todas as manhãs,
assumimos nossos postos de trabalho, reiventamo-nos, e nos resignamos também,
para que alcancemos progresso e consigamos arcar com nossas responsabilidades. Acreditamos,
com o despertar do Sol, ser possível aprumar
arestas e percalços. E, neste andar, compartilhamos desejos de dias
melhores.
Presenciamos, nas mídias, a
degola de nossas perspectivas e de nossos anseios quando lemos ou escutamos que
os preços sofreram novo aumento, que
“aquele” representante está envolvido em esquema de corrupção, que morreram
milhares no trânsito ou nas disputas do tráfico por mais poderio. Vemos anunciada
a decadência social, e uma melodia ecoa em nossos ouvidos que os homens se
embrutecem demais.
Pego-me, continuamente, a máxima
do meu querido bruxo Machado de Assis de que viver requer tirar do maior mal o
maior bem. É tarefa de confronto, mas necessária à espécie humana. Não
esqueçamos que somos seres vivos adaptáveis, mas nada de anestesia.
Vivemos em grupo porque nascemos
sociais. Temos necessidade do outro, da sua convivência, do seu amor, embora
sinta, em muitas ocasiões, um desamor agudo. O embrutecimento do homem e a falta
de altruísmo nos chocam e devem ser combatidos diariamente.
Não podemos consolidar a
corrupção como parte da política, a ignorância como parte da pobreza nem tão
pouco o mal como parte da sociedade. É nossa grande luta: ser sociedade. Construir bons laços, bons
apegos e novos sorrisos.
A dor alheia deve nos comover, a
violência nos causar repulsa, a desonestidade nos incitar mudanças. Nesses
embates, que devemos nos tornar sociedade, compartilhando nossos sonhos de dias
melhores (porque eles vêm, mesmo
sorrateiros, mesmo aos berros) e são os dias bons que alimentam os tempos
difíceis.
Em momentos de decisão, de
escolhas políticas, acordemos as esperanças, levantemos do sono o desejo de um
dia novo. Todavia, não sejamos aliciados com ideologias hipócritas e discursos
de acomodação. Há que se pensar, questionar com expectativas, com o “coração
robusto”, pois, assim, o mal ganhará menores contornos e seremos uma sociedade
mais humana.
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