quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Mitificação
A dor de Narciso
invade espaços
e este sujo boteco.
Sua causa e processo
motivam faltas
e elas se definham.
Jocasta morreu e ressurgiu
entre cinzas e chinelos velhos.
Seu corpo espirra raiva e
desejos fugidios.
Tragédias e comédias
são pintadas no jardim.
Gregos e troianos
invadem o teto da sala,
da casa esquecida.
E nada há.
Mitos, mortos e tortos
deflagrados por doenças,
curas e religiões.
Narciso, Édipo e Dionísio
rompem com a eternidade
e o que tange ser mortal.
Rios afogam a liberdade.
E o antigo revisita o novo.
E o corpo revisita a alma.
Análises humanas deformadas
rompem com a esperada certeza.
Tudo continua e todos se inauguram.





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