Fraqueza
Entre
os objetos esquecidos,
encontrei
partes de nós.
Estavam
amontoados em poeiras
e arruinados
naquilo que não guardei.
Sequenciei
palavras que gostaria ter gritado,
E tentei
acondicioná-las às sensações
colocadas
nas caixas.
Vieram
gostos desconhecidos em minha boca
e um
cheiro de ausência.
Segreguei
os elementos
que
não consegui engoli.
E fui
inebriada por lembranças.
Não
consegui descartar o que
considerei
inútil.
O
amor estava ali.
Um
pouco sujo, meio sem tom, despedaçado.
Misturava-se
aos outros seres
e ocupava
boa parte do espaço.
Adquiri
o hábito de mudança
e de
sempre mexer no que tinha esquecido.
Tenho
dificuldades com o que jogo fora,
Gosto
de acumular seres e coisas.
Acabo
misturando isso.
Importando-me
um pouco mais com um.
Junto
partes demais
e não
tenho pressa de mexer com elas.
Perco
noções de espaço e lido
incrivelmente
com
bagunças.
Não
consigo guardar coisas por cores, tamanhos, formas,
sempre
dou um jeito de revirar.
Tenho
vazios a serem ocupados
E esses
objetos impedem uma
organização
mais elaborada.
As
partes encontradas de nós
ficarão,
por tempo indeterminado,
haja
vista minha impaciência
nos
detalhes.
nas
ordens.
nas
reflexões.
Na
incompetência para arrumação.
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