terça-feira, 20 de setembro de 2016

Sou das imprecisas penitências.
Das margens que habitam meu reverso,
os outros lados camuflados pelas rugas e nesgas do tempo e espaço.
Tenho desamparos em tantos rostos e versos.
Espreito as ausências que dilaceram minha vida interna.
A alma que teima doer e pernoitar no corpo.
-sem lágrimas ou ventos-
Danoso é viver na espera.
É serenar o amor que visita.
O amor que ampara as palavras.
Os espaços refrescam a casa e minha vontade danada de renascer.
Eu escapo e transbordo.
Sou resistente e insisto em nascer.
Viver dilacera e preenche.
Amarguras são afetos mal curados.
"Vinde que estou cansada"
Esperança anuncia tempos nascidos.
E meu descanso refrigera as imperfeições.



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