sábado, 1 de outubro de 2011

Clarice...

Clarice tornou-se amiga.
Trouxe xícaras de sua viagem,
com detalhes imprescindíveis.
Trouxe liberdade e depositou no meu jardim.
Acreditei que pudesse acrescentar.
A comoção me perturba e
coloca em mim a raiz de um tempo perigoso.
Enriqueço detalhes à não ordem.
O presente de Clarice revigora o
receio da certeza, da arrumação.
As xícaras no armário
alimentam a desorganização do meu espaço.
Embora casa e jardim prontos, sinto-me em estado de refacção.
Estou pronta à desconstrução.
Trago tarefas e incertezas do passado.
Sinto-me escassa,
um relevo consumido pela erosão.
Clarice rasga palavras de felicidade,
Tendências.
Penso, agora, momentos de revelações.
Clarice me cativa.
É dona de si e de outros.
E eu ainda espero esperanças.
Ela denuncia que minha missão
ainda está pra começar.

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