Hoje, queria ter asas...e que elas me levassem para bem alto e não me permitissem
parar...hoje, queria subir a mais frondosa e alta árvore e lá permanecer, por tempo
indeterminado. Hoje, não consegui me conter e me aniquilar...tive que me derramar. Hoje,
tentei construir palavras, mas todas se afastaram ...e decidi me emudecer. Queria tanto ter
acordado com a alegria estampada e ter inventado a melhor roupa...e permaneci ausente.
Tenho sofrido de inconstâncias e sei que não sou equacionada por isso. Há pessoas
demais para serem compreendidas e não estou tendo talento para teorias. Desvio- me da
mediocridade e, às vezes, componho- me chata e óbvia demais. Sei que tenho dores e os
remédios não surtiram muito bem na minha alma. Estou sensível, cheia de invencionices e
com a casca fina. Detesto ser óbvia, mas, em momentos, quero que leem minhas
lembranças e emoções. Teologo com a razão, porém, meu espírito vence. Sou dadas a
sandices e ao amor. Acredito que haverá um amanhecer maravilhoso e terei palavras
doces, mesmo lendo Machado diariamente. Quero ter contornos e não reverenciar minhas
canalhices. Sei que, hoje, estou brega, mas me imagino constantemente abraçada e que
receberei, sem previsão, uma carta, um e-mail, flores, sei lá. Acredito que sorrisos, bom
gosto e cartões, além de muito carinho, é claro, serão sempre bem- vindos.
( em uma ebulição de pensamentos... desculpem os agouros)
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