segunda-feira, 21 de dezembro de 2015




Sejamos gente!

As cidades enchidas de luzes
Vozes corridas nas ruas e avenidas
Desejo de vendas
Vontades de consumo
Todos desejam casa enfeitada
E felicidade trazida pela estrela.
Querem ter sensação de dever cumprido,
mesa de beleza impecável e fartura presente.
Lá fora, pessoas doentes.
Gente que se abraça sozinha
e não tem a quem dizer .
Homens que desejam luz própria
Natais diários
Casas acrescidas de olhos e alegrias.
Gente que tem fome de gozo
De vida florida
Mas, tem tanta gente que enche a casa de coisas,
mas não planta tempo
nem tão pouco amor.
Gente que deseja casa sem pó
Brilho na árvore
Intenção de esperança
Visita esperada
e não fomenta olhar no outro.
Não aproxima afeto de sorriso
Nem une mãos a abraços
Existe gente esculpida com arestas
de prepotência e nariz robusto
Gente que prefere casa lotada e coração ausente.
Gente tão desejosa de fé,
mas não alimenta almas.
Gente que se envolve de cascas e
nem revela essência.
É dia de festa!
Chegou o natal
e o desejo frenético consumista.
As gentes se esbarram, se trombam,
mas não há hora! Não se desenha um sorriso.
Deus se humaniza
Gente se diviniza
Deus ama sempre
Gente segrega
Deus quer espírito
Gente se individualiza
Deus coletivo
Deus abundante, flores de amor e raiz de coragem.
Gente apequenada e de folhas secas. Ventos que levam.
É festa! É natal! Tempo de promoção.
Tempo de promover o outro.
Tempo convertido no hoje e no sempre.
Tempos de vendas.
Tempo de doação.
Tempos de enfeites.
Tempo de Deus para enfeitar os corações.
Sejamos o amor no outro!
Sejamos o natal de todas as gentes.












3 comentários: