quinta-feira, 15 de maio de 2014



Cabe a mim ser mulher....como tantas outras.


Inflamar-me vez ou outra e me indignar quando necessário.


Chorar prantos de dor e lágrimas de alegria.


Sentir a dor do parto como tantas outras dores da existência.


Da beleza, consegue-se extrair, refletir e contemplar.


Ser mulher requer delicadeza e fortaleza.


Desesperar, atrair e reerguer.


É pedir em oração a felicidade e serenidade do mundo.


Deus, em seu amor perfeito e inebriante, faz-nos mulher de aço, flor e imensidão.


Desse universo, o Senhor nos desenha como obra preciosa e intensa.


Amamentamos homens e esperanças...acalentamos canções e palavras de ordem e atitude.


Em sua plenitude, Deus nos construiu...viu que Adão não deveria repousar em solidão.


Mulheres...seus gritos ecoam nos discursos e na continuação da humanidade.


Sua delicadeza precisa dar-te coragem e poesia.


Palavras de aproximação ... de respeito e felicidade.


Sua canção ecoa nos olhos e na perseverança de fazer-se mulher mais e mais todos os dias.


Como inebria Adélia Prado, mulher é figura desdobrável....de carregar bandeira sem esmorecer...chatear e conformar.


Ser mulher é trazer alegria na bolsa junto com batom e a sua perspicácia.


É cozinhar, mesmo que em banho-maria, seus desejos bem guardados.


É ser figura emblemática e iconoclasta...é ter mel guardado...e uns potes de sal.


Mulher que traz cactos e flores, sabendo cuidar.


Mulher de mar, rio e terra..terra fofa, pronta para o plantio.


O amor que arrebenta correntes e protege o ninho.


Somos dessas...prontas e inacabadas...


Cada dia construimos mais de nós um pouquinho.


Deus em amor à vida, ao homem, deu-nos ao tempo.


Somos agora e ainda as outras que estão por vir.





Nenhum comentário:

Postar um comentário