terça-feira, 20 de maio de 2014

Você quer?
Estamos sempre perambulando pelas escolhas. Das fáceis às difíceis...das fatídicas às perenes.
Com o poder das escolhas, construímos pontes, sentenciamos ausências e trazemos pra perto. Desconstruímos linhas do tempo e alinhavamos nossos sonhos. Escolher não é uma ordem, é indispensável. Mas, temos a sensação que , muitas vezes, desmoronamos em meio a elas. O chão forte, bem cimentado,  no qual achamos estar firme, se consome...pairamos, agora, no ar, no que restou do equilíbrio.
A escolha nos faz algozes de nós mesmos, mas precursores de muitas coisas. Ela nos alimenta e delimita nossa capacidade. Somos frutos de muitas escolhas...podemos ser novas árvores também.
Lembro desde criança que escolher para mim sempre foi meu caos, a sensação que me causava mais “pânico”, mas aqui estou por conta das minhas escolhas. Encontro-me castigada e especial por poder fazê-las.
Escolhemos ser felizes, escolhemos a conta bancária e o mais belo jardim em nossas casas?  Escolhemos ser quem nos tornamos, escolhemos a rua da vida que nos enveredamos? Tantas escolhas...e a do amor então...como é bom nos embebedar pelos abraços e beijos molhados... pelos versos amorosos e sentenças de carinhos.
O amor é uma escolha. Qualquer que seja ele. Uma escolha da humanidade em construir novas “leis” e novos valores. Uma escolha de sobrevivência. Escolher  é inerente à vida...nossa forma de desacampar momentos, reinaugurar olhares e desenhar novas ideias.
Deus, em sua infinita sabedoria, deu-nos escolhas, sabendo que somos responsáveis por elas. Ser humano requer escolher entre o vertente e o imponderável; o presente e a ausência, entre a denúncia e o silêncio.
Nesse diálogo, cá estamos nós. Somos o resultado de uma soma exata ou com números a dever. Somos a danação e a melodia perfeita. A prosa convertida em poesia. Somos o estrangeiro e o local. Nessas bifurcações e dilemas, vivemos pelas escolhas, nas e para elas. É delas que construímos nosso discurso, vivemos frustrações e criamos o medo ou a coragem. Mas, em meio a tudo, a escolha é um presente, às vezes mal embrulhado, que vale à pena ganhar....vou abrir meu pacote.


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